É comum associar o fracasso em inovação a uma execução deficiente ou falta de tecnologia, mas, na prática, o erro mais caro está em resolver o problema errado. Histórias como as da Juicero, que investiu milhões em uma máquina de sucos de alta tecnologia para um problema inexistente, ou do Google Glass, que construiu um produto sem propósito validado, ilustram como empresas inteligentes desperdiçam recursos preciosos por não terem feito a pergunta certa no início do processo.
Esse risco é ainda maior em empresas com grandes capacidades técnicas e orçamentos robustos: quanto mais recursos, maior a escala do fracasso quando a premissa inicial está errada. Por isso, antes de investir em uma solução inovadora, é essencial dedicar tempo e método para entender o problema real que vale a pena ser resolvido, tarefa que começa com as fases de “Descobrir” e “Definir” da metodologia da consultoria de Design Thinking & IA.
Descobrir: Investigar Antes de Concluir
A fase de Descoberta é o momento de explorar sem pressa. Em vez de saltar rapidamente para soluções, é fundamental ampliar o olhar sobre as dores, necessidades e motivações reais do cliente. Isso significa analisar conversas de suporte, reclamações recorrentes, observações etnográficas e padrões de comportamento. Aqui, utilizamos assistentes cognitivos de IA que atuam auxiliando na identificação de problemas, que tornam-se aliados valiosos, processando grandes volumes de dados para revelar insights que muitas vezes passariam despercebidos.
Mais do que automatizar a análise, esses sistemas de IA funcionam como um espelho cognitivo, ajudando equipes a desafiar suposições prévias, confrontar vieses de confirmação e abrir espaço para perspectivas alternativas. Ao expor lacunas, contradições e pontos cegos, a IA amplia a capacidade humana de investigação, preparando o terreno para a fase seguinte: a Definição.
Definir: Priorizar e Validar
Depois de mapear o universo de problemas, chega o momento crucial de convergir: escolher o problema que de fato merece investimento de tempo, recursos e energia. Aqui, o risco de enviesamento é alto, pois equipes tendem a priorizar problemas mais familiares ou alinhados às suas expectativas. Assistentes cognitivos de IA que atuam na validação de problemas oferecem um filtro rigoroso, cruzando dados de mercado, padrões históricos e feedback de clientes para confirmar a relevância e a recorrência de cada dor mapeada.
Além disso, ao aplicar modelos mentais como Primeiros Princípios e Pensamento de Segunda Ordem, é possível decompor o problema em suas causas fundamentais e antecipar consequências indiretas. Essa disciplina analítica garante que a priorização seja orientada por dados concretos e não por intuições ou pressões internas.
O Papel da IA como Espelho Cognitivo
Diferentemente de análises tradicionais, a IA não apenas organiza dados, mas também provoca novas perguntas, gera reenquadramentos e desafia a lógica dominante das equipes. Esse “pensamento lateral assistido” é uma das maiores forças do uso de assistentes cognitivos na fase de Descoberta e Definição. Ao apresentar cenários alternativos, hipóteses contrárias e contradições, a IA atua como um parceiro de raciocínio que estimula a reflexão crítica.
Essa capacidade de gerar atrito cognitivo saudável é crucial para evitar armadilhas como o viés de confirmação, de ancoragem ou de excesso de confiança. Assim, a IA cria o ambiente propício para que a pergunta poderosa, aquela que define a base de toda inovação bem-sucedida, emerja de forma natural e validada.
Você Está Resolvendo o Problema Certo?
A questão central que toda empresa deveria fazer antes de investir em qualquer solução é simples, mas poderosa: estamos resolvendo o problema certo? Muitas vezes, organizações gastam energia aperfeiçoando a execução de algo que não importa para o cliente, apenas para perceber tarde demais que o problema era outro, ou sequer existia.
A fase de investigação, assistida por IA, ajuda a transformar essa pergunta em prática cotidiana, substituindo suposições por evidências concretas e eliminando o risco de construir soluções brilhantes para problemas triviais ou inexistentes. Sem isso, qualquer estratégia de inovação está fadada a se perder em atalhos que levam ao desperdício de tempo e recursos.
Como a Consultoria de Design Thinking & IA Pode Ajudar
A consultoria de Design Thinking & IA da EximiaCo combina processos robustos de investigação com o poder de assistentes cognitivos de IA projetados para confrontar vieses, questionar suposições e apoiar o pensamento estratégico. Desde a fase de Descoberta, onde mapeamos problemas e dores reais, até a Definição, em que priorizamos e validamos hipóteses, ajudamos empresas a garantir que cada investimento em inovação esteja alinhado a uma necessidade real do mercado.
Ao trabalhar conosco, sua organização ganha um parceiro comprometido em transformar perguntas poderosas em fundamentos sólidos para criar produtos e serviços que entregam valor real aos clientes. Vamos inovar juntos?